sexta-feira, 8 de abril de 2011

Nãnãnã... (ou não, não, não)

Essa tem sido sua fala preferida nas últimas semanas.
Se eu te peço um beijinho enquanto você se diverte com seus brinquedos: Nãnãnã.
Se eu te peço a chave da porta que você teima em usar como pirulito: Nãnãnã.
Se eu tento te enganar com um pedaço de cenoura quando você pede biscoito: Nãnãnã.
Se eu quero trocar sua roupa e você não tá afim: Nãnãnã.
Se eu digo que é hora de escovar os dentes: Nãnãnã
Se eu digo pra você deixar de preguiça e ir lavar suas fraldas sujas: Nãnãnã
Se eu peço pra você me devolver o chumbinho que isso não é coisa de brincar: Nãnãnã
Sempre balançando a cabecinha, claro, que é pra não restar dúvidas sobre o seu grau de entendimento do significado da palavra.
Enfim, tem sido assim minha vida de mãe de Rei, um não atrás do outro. Mas a tristeza do nãnãnã é sempre compensada, em seguida, com um abraço bem apertado que você vem me dar quando vê minha cara de moribunda. É por isso que, mesmo no nível máximo da birra, você continua sendo a coisinha mais gostosa de mamãe.