quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O crescimento da barriga

Agora que todas as partes interessadas já sabiam da minha gravidez, tava na hora de procurar um bom GO para cuidar de mim e do pequeno ser que crescia na minha barriga. Não foi difícil, segui algumas indicações e logo tava com a primeira consulta marcada, minha primeira impressão sobre a médica foi ótima, super atenciosa e gentil como todos os doutores deveriam ser (mas não são), ela esclareceu algumas duvidas que eu tinha, me alertou sobre os cuidados que eu deveria ter, passou algumas vitaminas e pediu a primeira ecografia que consegui marcar rapidinho também.
No dia marcado lá estava eu, a clinica estava completamente cheia, várias barrigas de todos os tamanhos se espalhavam pelos corredores, entrando e saindo o tempo todo, lembro de ter pensado o quanto era estranho ser mais uma dessas tantas, eu não me sentia grávida, não ainda. Quando finalmente chegou minha vez, eu entrei, deitei na maca e logo o senhor doutor colocou a maquininha na minha barriga e eu pude ver um pequeno grãozinho de feijão com olhos, braços e pernas. Era o grãozinho de feijão mais lindo que eu já tinha visto na vida e algumas lágrimas conseguiram escapar pelos meus olhos pela vida que estava surgindo de mim. Saí de lá sentindo algo diferente, saí de lá me sentindo mãe, saí de lá amando o meu grãozinho de feijão.



Depois disso, tudo seguiu tranquilamente. Não tinha grandes sintomas, me sentia sempre muito bem e fui cercada de carinhos e mimos por todos os lados. Por várias vezes peguei outras lágrimas a ponto de escapar ao receber um afago, uma palavra de amizade e boa sorte para o meu pequeno. Desde o início meu filho foi abençoado e amado por muitas pessoas que pareciam pouco prováveis e era muito bom sentir isso, porque era sincero.



Assim, um mês após o outro a barriga cresceu e com ela o amor que eu sentia por ele, minha semente. Numa outra ecografia descobri que ele, o bebê, era ele mesmo, um menino e procurei um nome que fosse dele e para ele. Arthur, nome de um grande rei, que se tornou lenda por sua bondade e generosidade para com o povo do qual ele próprio havia saído. Esse, com certeza, seria o nome do meu filho.



Me preparei para sua chegada, cuidei do meu corpo e do dele, busquei informações sobre parto, amamentação, crescimento... Enquanto isso, minha mãe e minha tia prepararam o enxoval, tudo incrivelmente lindo e feito só pra ele. Ganhamos muitos presentes, roupinhas, sapatinhos, brinquedos, até o berço nós ganhamos. Nunca havia me sentido tão importante, agora eu era a mãe de um rei amado por todos, mesmo antes do seu nascimento, e isso era uma bênção sem tamanho, algo muito além de tudo o que eu pudesse um dia ter imaginado.



Com 37 semanas, estava tudo finalmente pronto, eu já estava trabalhando em casa, as consultas com a médica agora eram semanais e tudo corria na mais perfeita paz para o meu parto dos sonhos até que a médica me pediu a última ecografia.


Um comentário: