quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Da amizade ao positivo

Havia um amigo e depois de algum tempo de solteirisse, esse amigo foi por algumas vezes um pouco mais do que isso. Era bom ter com quem conversar, ter um colo pra onde correr mesmo nas mais altas horas da noite e também me sentir necessária quando a carência vinha dele. Em certo ponto dessa história, a responsabilidade cedeu lugar a uma pseudo-confiaça e foi aí que aconteceu.
Chegou o final de mais um mês e a “monstra”que deveria vir com ele simplesmente não veio, assim sem nenhum outro sintoma a não ser um pressentimento que não podia ser acreditado. Quase dois meses se passaram desde a última visitinha incomoda, e algumas outras coisas começaram a incomodar. Uma azia sem fim, uns enjôos chatos, dores de cabeça eternas, sono, dor nos seios e até cólica – esses últimos me faziam pensar que a bendita estava vindo, mas ela não vinha. Até que criei coragem e resolvi fazer os exames.
Era sábado, só uma amiga que passava uma temporada lá em casa sabia da possibilidade, eu saí bem cedinho de casa e fui sozinha ao laboratório. Me atenderam assim que eu cheguei, mas eu tava tão nervosa que cada segundo pareciam horas e me faziam tremer igual vara verde. Colhido o material para o exame de sangue, a moça da recepção disse que eu poderia pegar o resultado na segunda pela tarde – Ah aflição, vais passar todo o fim de semana ao meu lado...
Na segunda pedi ao motoboy da empresa que pegasse o resultado pra mim, mas ele só voltaria no final da tarde – AAAHHHHHHHHH, grito de desespero mental. Tudo bem era isso ou esperar até a terça de manha quando eu teria tempo pra ir buscar. Acho que um dia nunca passou tão devagar quanto aquele, mas ele finalmente chegou trazendo o resultado. Peguei das mãos dele ali mesmo, e abri com as mãos trêmulas, meus olhos correram pro final da página e lá estava: P-O-S-I-T-I-V-O.
Confirmado, eu estava comprovadamente grávida – Aqui caberia um daqueles desmaios novelísticos, mas minha vida não é uma história de Manoel Carlos, pelo menos eu acho que não é – agora eu precisava contar para o amigo e para a família.

Um comentário:

  1. oi obrigada por se tornar seguidora, vou acompanhar essa historia aqui tbm ;-) bjus

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